O que deixa toda decoração mais interessante é a história que a motiva. A história pode ser pessoal, como um souvenir trazido de uma viagem, uma herança de uma família ou um objeto ganhado de um grande amigo. Ou pode ter a ver com a história da própria arquitetura e do design. Por exemplo, os cobogós, que estão voltando a ser populares: você sabia que são uma referência da arquitetura brasileira?
Mas o que é o cobogó mesmo?
Mesmo quem não se lembra do nome, com absoluta certeza já viu. Os cobogós são aquelas estruturas vazadas (mais ou menos como uma treliça) que servem para dividir espaços e, ao mesmo tempo, aproveitar a luz e a ventilação. Podem ser feitas de cimento, vidro, cerâmica, e o desenho também pode variar bastante.
Você deve se lembrar dessas estruturas em construções um pouco mais antigas, mas foram resgatadas nos últimos anos e provaram que podem ser realmente interessantes e sofisticadas – dão um toque bastante diferente para os ambientes. São peças que escondem mostrando, ou mostram escondendo.
De onde surgiu?
O nome “cobogó” é a junção da primeira sílaba dos sobrenomes Coimbra, Boeckmann e Góis, seus criadores. Surgiu em 1929 no Recife e, desde então, são uma das referências do modernismo na arquitetura brasileira. No entanto, a ideia de estruturas vazadas já vem desde o século XII, e o primeiro registro que se tem notícia foi em Bagdá. Mas, apesar de alguns exemplares terem mais de 300 anos, os muxarabis que ainda existentes no Oriente Médio foram construídos entre os séculos XIX e XX.
Em árabe, o nome é transliterado como “masharabiya”, e a teoria mais aceita para o seu surgimento é a de que vem da palavra árabe “sharaba” (em português, “beber”), porque o espaço era usado para guardar uma prateleira de madeira onde eram guardadas as jarras de água. Eram feitas próximas às janelas para manter a água sempre fresca. Mais tarde, essa estrutura passou a fazer realmente parte da arquitetura das casas e palácios, e, apesar de ter perdido sua função original, manteve o nome.
E onde pode ser usado?
Apesar de tradicionalmente ser feito no lugar das janelas, podem ser também utilizados como divisórias em ambientes internos e em áreas externas. Dentro de casa, ao invés de erguer uma parede completamente isolando dois ambientes, pode ser interessante fazer uma parede toda vazada, o que traz a sensação de maior abertura e integração entre eles.
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